As reportagens investigativas têm como princípio a exposição de casos encobertos ou de difícil acesso.O jornalista investigativo, provocado por questionamentos, busca a essência dos acontecimentos e procura entender uma situação que prejudica, de alguma forma, a coletividade.
Pepe Rodríguez (1994) aponta algumas características pessoais e estruturais que podem auxiliar um repórter no andamento de seu trabalho investigativo. Algumas qualidades são importantes, como ter uma boa observação, memória visual, capacidade de previsão e planejamento, improvisação, conhecimentos gerais amplos, discrição e capacidade de assumir riscos (RODRÍGUEZ, 1994, p.17). O tempo e a disponibilidade também são essenciais.
No início da investigação, o repórter tenta reunir todos os fatos, até mesmo, os que possam parecer insignificantes. Combinar observação com pesquisa e estudo de arquivos públicos são técnicas úteis para a investigação. "É fundamental o conhecimento profundo dos mecanismos burocráticos onde os arquivos se encontram e que o jornalista tenha tempo de encontrá-los" (LOPES e PROENÇA, 2003, p. 17). Os autores Lopes e Proença (2003) apontam como regra fundamental para a condução de um trabalho investigativo a comprovação de endereços e nomes corretos das pessoas ou organismos das quais se fala.
AS FONTES
A fonte jornalística é um dos canais informativos dos repórteres. Ela é essencial a todo o trabalho jornalístico na construção de uma notícia. As fontes podem determinar a qualidade da informação produzida pelo repórter. O relacionamento entre repórter e fonte é sagrado e protegido pela Constituição Federal (Artigo 5º, inciso XIV, da Constituição Federal de 1988).
A relação com a fonte deve ser muito profissional. Deve-se conferir à exaustão a confiabilidade das fontes e das informações. É importante lembrar que não se deve ficar preso às fontes oficiais e apurar profundamente as informações recebidas. A fonte em off pode ser fundamental, porém, o cuidado deve ser maior com esse tipo de informante. "Nesse caso, é fundamental que duas normas sejam estabelecidas: a razão do anonimato deve ser explicada na matéria e a informação oferecida deve ser checada com, no mínimo, outra fonte (LOPES e PROENÇA, 2003, p. 22).
Vale lembrar que o amado e idolatrado site de busca GOOGLE não é considerado fonte de pesquisa principal em uma matéria jornalística. A internet deve nos ajudar na apuração de um conteúdo e não prejudicar ou empobrecer uma informação.
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