Mais conhecida como Nellie Bly,
Elizabeth Jane Cochran foi pioneira das reportagens investigativas. A carreira
começou com uma carta que contestava o artigo “Para que servem as mulheres?”,
do jornal Pittsburgh Dispatch. O editor ficou surpreso com a qualidade da carta
e convidou a jovem de apenas 18 anos para ser repórter do jornal. O pseudônimo
Nellie Bly veio do nome de uma canção popular de Stephen Foster.
As primeiras matérias falavam do
desamparo legal das mulheres. Nellie Bly não queria apenas ver de perto, mas
queria ver de dentro as realidades sociais da época. A partir disso, ela
começou a se disfarçar e passar pelas mesmas experiências que queria relatar.
Ao escrever sobre exploração infantil e as péssimas condições que os
trabalhadores eram submetidos, os donos ameaçaram a tirar os anúncios do
jornal. Então, a jovem repórter foi transferida para a seção de eventos
sociais. Não satisfeita, ela pediu licença do jornal e foi para o México. Lá,
Nellie escreveu sobre a pobreza e corrupção local e foi expulsa do país pelo
governo mexicano.
Ao voltar para os Estados Unidos,
Nellie foi para Nova Iorque. Ela procurou emprego no New York World, jornal de
Joseph Pulitzer (criador do prêmio Pulitzer). O primeiro trabalho da jornalista
no jornal foi sobre o Sanatório de Mulheres na Blackwell, na qual passou pelas
mesmas experiências das pacientes.
Em 1888, inspirado no livro A
Volta ao Mundo em Oitenta Dias, de Júlio Verne, o New York World decidiu mandar
um repórter em uma viagem ao redor do mundo. Nellie foi escolhida. Ela partiu
de Hoboken, Nova Jersey, em 14 de novembro de 1889. Em 25 de janeiro de 1890,
ela completou sua viagem ao redor do mundo. Ela visitou não só a Inglaterra, Japão,
China, Hong Kong como no livro, mas também Amiens (o lar de Júlio Verne)
Colombo e São Francisco.
Curiosidade:
O primeiro newsgame (jogos casuais baseados em noticias [“news” em inglês] e em fatos reais.)
da história retratou volta ao mundo de Nellie Bly.
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